sexta-feira, 10 de maio de 2013

As mães

Quem ouviu, não esquece. São vários dias no mesmo pesar que confrange qualquer espectador. É preciso não ter coração para não sentir. É preciso não ter coração para persistir em caminhos que suscitam sofrimento.
 
É um som doloroso, são olhos enormes saturados de desolação. Uma dor em carne viva teima em não desaparecer. E ficará, decerto, pela memória dos tempos.
 
Trata-se da vaca mãe que chora quando lhe retiram brutalmente os filhotes, que nunca mais verá.
 
Em nome de quê?
 
Bastam todas as espúrias, estúpidas e desnecessárias barbaridades. Injustificáveis bestialidades. Bloqueios ao melhor de nós, seres humanos, seres que sentem, seres que pensam, que têm saudades, memória, e que amam. Não apouquemos o nosso valor, nem as nossas possibilidades. Não. Mesmo.

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