sábado, 18 de maio de 2013

Os vegans não comem erva pá!

 
Maravilhosos bolinhos vegan de um café em Copenhaga, Simple Raw
(Foto de moi même)
 
Regressada de mais uma ausência laboral, venho aqui com fortes argumentos para mudar o mundo da gastronomia mundial. Ou, pelo menos, da gastronomia mundial... vegan.
 
Começo a atingir a fase da impaciência pública - e sei que não devo - e da ironia insolente - e sei que não devo -, perante jantares como beterraba (que amo) à entrada e à saída. Cenouras cruas e fatias de beterraba luzidia, ainda que brilhantemente temperadas - justiça se faça! - não são refeição para ninguém, e ninguém inclui vegans. A minha latina vontade é pedir para falar com os cozinheiros perguntar qualquer coisa como "Olha lá pá, achas que por eu não rachar os cascos da bovinada para lhes devorar as carnes tenho como única alternativa o teu crudivorismo mal orientado?! Cenouras e beterrabas pá? Não vos ocorre nada simples, proteico, nutritivo, como adicionar cogumelos (mesmo de lata), soja, seitan, tofu, grão-bico, feijão, sequer um destes elementos? Apre! Many thanks!" Mas claro que a pessoa não faz (ainda) nada disto, e lá fica semi-esfaimada graças à ignorância e incúria alheias.
 
O máximo do meu desabafar foi quando uma colega, responsável pelas lides da hospitalidade, me diz para ver se os (mínimos) pratinhos do meu tabuleiro seriam vegan, já que tinham escrito "vegetariano". Que eles (cozinheiros/empregados) é que tinham de saber, respondi, já um pouco enviezada.
 
Depois é a TAP que entende que vegetarianos e vegans é tudo a mesma tribo e pumba, uma bolona enorme de queijo no meu tabuleiro. Lá fiquei no pão e nas batatas fritas (batatas fritas que tinha levado).
 
Mundo, escutai: os vegans não comem erva! Pá. Têm uma diversidade arrebatadora de verduras, leguminosas, grãos diversos, frutos, bebidas, com possibilidades de confeção igualmente elásticas. E, imaginem... ta na na na... deliciosas! Esqueçam a lei do menor esforço. Be smart. Be kind. E, de preferência... percebam o enorme erro que estão a fazer ao não mudar a vossa escolha alimentar que mais não é do que uma escolha ética.

Bom apetite aos que no prato não têm cadáveres.

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